Bancada Maranhense e Famem conseguiram parcelamento do débito
Foi
revertido, junto ao governo federal, a edição da Medida Provisória
parcelando o pagamento dos recursos referentes ao ajuste do Fundeb 2016.
A conquista beneficia não apenas os municípios maranhenses, que foram
penalizadas com um corte de R$ 177 milhões, mas também os governos do
Maranhão, Ceará, Bahia e Paraíba, que perderam R$ 47 milhões, R$ 164
milhões, R$ 70 milhões e R$ 35 milhões, respectivamente. A articulação
da Bancada Maranhense e da Federação dos Municípios do Estado do
Maranhão (Famem) possibilitou a reversão do caso.
Cleomar Tema, presidente da Famem e integrantes da bancada maranhense
em Brasília – dentre eles os deputados federais José Reinaldo Tavares,
Weverton Rocha, Rubens Pereira Júnior, Juscelino Filho e Júnior Marreca –
conseguiram a garantia junto ao ministro da Secretaria de Governo,
Antonio Imbassahy. O parcelamento deverá ser dividido entre 10 a 12
parcelas, de acordo com o entendimento defendido pela entidade
municipalista.
“Graças ao empenho da bancada maranhense e a sensibilidade do governo
federal, conseguimos ultrapassar este obstáculo, que poderia
inviabilizar a educação de todo o Maranhão”, disse o presidente da
Federação. Nessa jornada em Brasília, além da bancada, Tema conseguiu
agregar apoio da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e destacou
que foi uma luta árdua, mas que valeu pelo resultado.
Parlamentares maranhenses ressaltaram, após a decisão do governo
federal, o poder de articulação do presidente da FAMEM, que mostrou
muito desprendimento, agilidade e dinamismo num momento de crise como
esse. “A unidade resultou numa vitória para o Maranhão. O corte está
suspenso! E fica definido que a devolução será parcelada. Avante!”,
comemorou o deputado Weverton Rocha (PDT). Já o deputado Rubens Pereira
Júnior (PCdoB) agradeceu o apoio da Famem e da Undime, além do suporte
do Governo do Maranhão, por meio da PGE. “Bancada unida mostra força e
defende o Maranhão”, finalizou.
Preocupação
Na última segunda-feira (24), a Bancada Federal e a Famem se reuniram
para a reversão do quadro que, sob a ótica dele, se apresenta caótico e
poderá resultar em atraso de pagamento e demissões. Somente as cidades
maranhenses foram penalizadas com a perda de R$ 177 milhões que seriam
destinados para custeio dos serviços da educação básica, dentre eles o
pagamento de profissionais do magistério. Já o governo do estado foi
prejudicado com a perda de R$ 47 milhões.
Só para se ter uma ideia, a capital São Luís perderia quase R$ 12
milhões. Outros exemplos são: Imperatriz (cerca de R$ 5 milhões);
Pinheiro (pouco mais de R$ 2 milhões); Barra do Corda (R$ 2,3 milhões);
Bacabal (R$ 2,2 milhões); São José de Ribamar (R$ 3,9 milhões); Santa
Filomena do Maranhão cerca de R$ 200 mil; Grajaú (mais de R$ 2 milhões).
Somente em Tuntum, a lipoaspiração nos recursos da Educação atinge a
cifra de R$ 969.782,98.
Ontem, o presidente da entidade municipalista, Cleomar Tema, esteve
reunido com os deputados federais José Reinaldo (PSB), Weverton Rocha
(PDT), Rubens Pereira Júnior (PC do B ) – atual coordenador da bancada –
Juscelino Filho (DEM); e Júnior Marreca (PEN) estudando fórmulas que
possibilitam a alteração do cenário.
Fonte:Página 2
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