BRASIL INDEPENDENTE, DEPENDENTE DE MÉDICOS DE CUBA, É O CÚMULO DO ABSURDO

Do Blog Val Cabral


O Brasil comemora hoje 191 anos de independência política. Das suas origens até 1822, a Terra de Santa Cruz ou Vera Cruz, assim denominada por seus descobridores, sempre dependeu política e economicamente do governo português. Não imaginava Pedro I, que a colônia brasileira por ele transformada independente iria se tornar no porvir país de primeiro mundo, cuja superfície geográfica teria área maior que todas as nações da Europa, excetuando-se a Rússia. Historicamente, o grito ecoado às margens do Ipiranga continua até hoje a ser ouvido, visto que ainda somos dependentes em vários segmentos. A prova maior desta afirmação está evidenciada na contratação de médicos oriundos de terras estrangeiras para trabalharem no campo da saúde pública com pagamento acima do percebido pelos nossos profissionais. Até parece que ainda somos colônia dos nossos descobridores. As universidades, quer federal ou estadual, bem assim as escolas particulares de Medicina anualmente lançam no mercado médicos competentes, muitos deles qualificados e até com qualificação para servir ao mundo. O Brasil não reconhece o curso de Medicina que brasileiros realizam em Bolívia, Venezuela, Cuba etc., porém contrata profissionais daqueles países para clinicar e operar em nossa terra. Não entendemos esse posicionamento adotado. Há uma incoerência em tudo isto. Não apenas criticamos; também propomos sugestões. Deveria o governo brasileiro pagar salários dignos ao pessoal da saúde, bem como construir e melhorar as condições físicas e laboratoriais dos nossos hospitais, ao invés de gastar desnecessariamente nas construções e reformas de estádios e despesas outras supérfluas. E enviar projeto de lei ao Congresso Nacional, no sentido de ser criado dispositivo legal para subsidiar ajuda financeira para manutenção das escolas médicas espalhadas pelo torrão brasileiro. Finalmente, priorizar a saúde com mais realizações de concursos, principalmente para médicos. Portanto, o grito de independência ou morte dado por dom Pedro I deixa no presente muito a desejar, pois ainda continuamos dependentes, não apenas na área da saúde, mas em outros setores que integram o sistema socioeconômico do nosso país. Tenho criticado o custo dos cursos de Medicina, onde a mensalidade por aluno é de R$ 4.000,00 em média. Qual o pai de família terá condições de ter um filho médico? Parece utopia. Deus proverá. Cremos.

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