A FUNÇÃO SOCIAL DO BIG BROTHER

SERÁ UMA BOA ASSISTIR O BIG BROTHER? LÓGICO QUE NÃO. PARE PRA PENSAR O TEMPO QUE SE PERDE AO VER ESTE PROGRAMA. QUANTOS BROTHERS FICARAM RICOS, E OLHE PRA VOCÊ, ONDE ESTÁ?

Para os participantes, a partir do momento em que pisam na “casa mais vigiada do país”, basta relaxar e colher os frutos deste “trabalho” que é ter sua imagem e seu comportamento expostos em horário nobre na tv aberta, e durante 24 horas na Internet ou TV paga. São brasileiros escolhidos a dedo e dispostos a ganhar cada vez mais com suas peripécias pessoais. São bastante políticos neste sentido, e pode-se perceber, claramente, que são tipos que hoje estão na moda: pouco conteúdo nas conversas, muita tatuagem, modinha e “papo cabeça”.
Esse é o produto que milhões de brasileiros compram ao participar dos paredões, ao acessar os sites, televisão a cabo e comprar revistas que noticiam as ocorrências destes homens e mulheres manipulados pelo desejo banal de estarem expostos aos olhos da multidão, sem esforço ou merecimento. E depois de tudo isso, a televisão vai sendo tomada por tipos como Bambam, Alemão, Sabrina Sato, Graziela e outros cuja única escola foi serem escolhidos, sem imparcialidade pelos produtores. A televisão fica carente de espetáculos mais aproveitáveis ao todo, afinal, todos deveriam deleitar-se de sua programação, e não somente o público alvo dos patrocinadores.
O mercado perde como um todo. Não se vende mais literatura por que se vendem produtos mais baratos, como fofoca ou moda popular. Fatalmente cairá o preço comercial dos programas mais culturais em todos os meios. O Brasil erra ao desviar o mercado ao consumo popular, e obriga-se a baratear sua cultura para que “todos tenham acesso”. Mas isso acaba não acontecendo porque os grandes meios de disseminação da informação estão imbuidos em vender o que é de massa, e o que é da massa, é barato e fútil, sabendo-se que a massa não dispõe de poder aquisitivo suficiente para comprar cultura. E já que a cultura está mais barata, não seria mais idôneo eliminar o que é fútil e vender o que realmente agrega valor à cultura popular?
Essa é para pensar, debaixo do lençol parao menos abastados e do endredon para os causadores de toda essa palhaçada acultural.

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