Não. Não erramos o título da Postagem. Sei que você está acostumado com a expressão “político corrupto”. A bem da verdade, as palavras “político” e “corrupto” há muito tempo não se divorciam em uma frase. Estão sempre coladinhas. Uma perto da outra. Uma ao lado da outra. Onde uma vai, a outra vai atrás. Onde um está, lá está a outra também. No cenário político elas formaram um par romântico, tal qual Romeu e Julieta, feijão com arroz.
Mas não é sobre políticos corruptos que pretendo falar. Sobre esse assunto vários jornais, revistas, noticiários, sites, blogs, rodas de bares e mercearias têm se empenhado. Analistas políticos, filósofos, sociólogos, jornalistas, quitandeiros e engraxates tem dado seus pareceres sobre o tema. Com análises complexas eles passam para o leitor um visão detalhada da crise política. Ou, ainda, se quiser o ponto de vista do senso comum, basta ficar na fila de um supermercado ou de um banco que logo surge um “especialista” com suas idéias inovadoras.
Portanto, deixarei os políticos corruptos de lado.
Falemos então sobre a outra face da processo político-eleitoral. A outra vértice do assunto. O outra lado da moeda: o eleitor. Aquele que em tempos de eleição é a última bolacha do pacote. A luz no final do túnel. O prêmio de todo candidato. Mas não é sobre qualquer eleitor; é sobre o eleitor corrupto. Isso mesmo, apesar da palavra “corrupto” viver na “cola” do político, ela não é designada somente à esta classe.
O fato é que nos acostumamos a analisar basicamente o erros de quem está no poder. As maracutáias do Planalto, os sanguessugas do Congresso ou o paraíso fiscal dos poderosos. Mas vem cá! E sobre os eleitores corruptos, ninguém nada fala? Aquele quem em tempos de eleição bate à porta dos políticos para pedir “uns litros de gasosa”, “uma novilha para o casamento”, “um remedinho”, “umas cestas básicas”, “umas passagens”, “uma leitoa”, “um emprego,” "aquela conta de luz" . Sobre isso ninguém comenta nada. Nem uma materiazinha sequer? Um artiguinho na ponta da revista? Uma frase no jornal. E nas rodas de bar e na mercearia, não há uma analista para comentar o tema?
Não nos enganemos. Tanto o Político que surrupia dinheiro público, quanto o eleitor que pede/aceita um pequena ajudinha são farinhas do mesmo saco. Tanto o Prefeito que desvia cinco milhões, quanto o eleitor que recebe R$ 50,00 (cinqüenta real, errado assim mesmo) em troca do seu voto estão incursos no mesmo erro: a corrupção.
Vejamos. Pegue seu dicionário. Folhei-o até a letra “C”. Especificamente na palavra corrupto. Lá estará escrito: Corrupto – aquele que se corrompe; corrompido; depravado; devasso. Para ter um visão mais completa, volte um pouco mais até à palavra corromper; e lá estará escrito: Corromper – Apodrecer; estragar; perverter; viciar; subornar.
Portanto, quando um eleitor aceita o suborno de um determinado candidato, independente do valor, seja de alguns centavos ou até muito din din (pois o que importa não é o valor mais a atitude nefasta da pessoa), ele faz a vezes do corrupto passivo, aquele que recebe vantagem de outrem. E como diz o dicionário, tal pessoa está apodrecida, estragada.
O problema, portanto, da assim chamada corrupção brasileira nasce exatamente na camada dos eleitores menos abastados ou melhor, entre aqueles que para exercerem seu direito universal ao voto querem levar vantagem, por menor que seja. Não se analisa as proposta dos candidatos, vota-se em quem dá mais. Pouco importa se o candidato figura em uma lista negra, contanto que lhe dê um presentinho, tudo resolvido.
Eis aí, portanto, os nossos gloriosos eleitores corruptos. Aqueles que pleiteiam, pedem e requerem algo em troca de um votinho. E o interessante é que fazem isso com a maior naturalidade do mundo, com a maior cara de pau, pensam que não estão fazendo nada de errado. Depois, no momento em que surgem escândalos entre os políticos, eles mesmo dizem: – Esse Brasil tá uma vergonha!
Ora, vergonhoso também é a venda de votos. Vergonhoso é aceitar suborno. Vergonhoso é querer vantagem. Sobre isso Jesus diria: “Primeiro tira a trave que existe no teu olho."
Mas não é sobre políticos corruptos que pretendo falar. Sobre esse assunto vários jornais, revistas, noticiários, sites, blogs, rodas de bares e mercearias têm se empenhado. Analistas políticos, filósofos, sociólogos, jornalistas, quitandeiros e engraxates tem dado seus pareceres sobre o tema. Com análises complexas eles passam para o leitor um visão detalhada da crise política. Ou, ainda, se quiser o ponto de vista do senso comum, basta ficar na fila de um supermercado ou de um banco que logo surge um “especialista” com suas idéias inovadoras.
Portanto, deixarei os políticos corruptos de lado.
Falemos então sobre a outra face da processo político-eleitoral. A outra vértice do assunto. O outra lado da moeda: o eleitor. Aquele que em tempos de eleição é a última bolacha do pacote. A luz no final do túnel. O prêmio de todo candidato. Mas não é sobre qualquer eleitor; é sobre o eleitor corrupto. Isso mesmo, apesar da palavra “corrupto” viver na “cola” do político, ela não é designada somente à esta classe.
O fato é que nos acostumamos a analisar basicamente o erros de quem está no poder. As maracutáias do Planalto, os sanguessugas do Congresso ou o paraíso fiscal dos poderosos. Mas vem cá! E sobre os eleitores corruptos, ninguém nada fala? Aquele quem em tempos de eleição bate à porta dos políticos para pedir “uns litros de gasosa”, “uma novilha para o casamento”, “um remedinho”, “umas cestas básicas”, “umas passagens”, “uma leitoa”, “um emprego,” "aquela conta de luz" . Sobre isso ninguém comenta nada. Nem uma materiazinha sequer? Um artiguinho na ponta da revista? Uma frase no jornal. E nas rodas de bar e na mercearia, não há uma analista para comentar o tema?
Não nos enganemos. Tanto o Político que surrupia dinheiro público, quanto o eleitor que pede/aceita um pequena ajudinha são farinhas do mesmo saco. Tanto o Prefeito que desvia cinco milhões, quanto o eleitor que recebe R$ 50,00 (cinqüenta real, errado assim mesmo) em troca do seu voto estão incursos no mesmo erro: a corrupção.
Vejamos. Pegue seu dicionário. Folhei-o até a letra “C”. Especificamente na palavra corrupto. Lá estará escrito: Corrupto – aquele que se corrompe; corrompido; depravado; devasso. Para ter um visão mais completa, volte um pouco mais até à palavra corromper; e lá estará escrito: Corromper – Apodrecer; estragar; perverter; viciar; subornar.
Portanto, quando um eleitor aceita o suborno de um determinado candidato, independente do valor, seja de alguns centavos ou até muito din din (pois o que importa não é o valor mais a atitude nefasta da pessoa), ele faz a vezes do corrupto passivo, aquele que recebe vantagem de outrem. E como diz o dicionário, tal pessoa está apodrecida, estragada.
O problema, portanto, da assim chamada corrupção brasileira nasce exatamente na camada dos eleitores menos abastados ou melhor, entre aqueles que para exercerem seu direito universal ao voto querem levar vantagem, por menor que seja. Não se analisa as proposta dos candidatos, vota-se em quem dá mais. Pouco importa se o candidato figura em uma lista negra, contanto que lhe dê um presentinho, tudo resolvido.
Eis aí, portanto, os nossos gloriosos eleitores corruptos. Aqueles que pleiteiam, pedem e requerem algo em troca de um votinho. E o interessante é que fazem isso com a maior naturalidade do mundo, com a maior cara de pau, pensam que não estão fazendo nada de errado. Depois, no momento em que surgem escândalos entre os políticos, eles mesmo dizem: – Esse Brasil tá uma vergonha!
Ora, vergonhoso também é a venda de votos. Vergonhoso é aceitar suborno. Vergonhoso é querer vantagem. Sobre isso Jesus diria: “Primeiro tira a trave que existe no teu olho."
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