Existem duas profissões que considero sagradas: o magistério e a medicina. Acho que não preciso explicar o porquê. É óbvio.
Hoje vou falar sobre a Medicina, pois a enquete do blog apontou pela falta de um hospiutal de verdade, que resolva definitivamente os problemas de nosso povo!!!
Há muitos anos que só vamos consultar um médico quando estamos “nas últimas!” ou quando realmente não consiguimos diagnosticar o que temos, a popular, automedicação...
Desde que comecei a obsevar muitas das idas e vindas ao médico, bem como o relato de outras pessoas, comecei a aflorar meu senso crítico sobre o tema , e concluí que boa parte dos médicos além de atenderem o paciente impessoalmente, sem nenhuma empatia, ainda enrolam pra caramba.
Não dão tempo ao paciente para explicar tudo pelo que está passando, alguns não os olham nos olhos, solicitam carradas de exames e nos atendimentos pelo SUS ou por convênio não fazem mais o histórico clínico do paciente.
Volta e meia a mídia nos informa dos “erros” médicos ou do péssimo atendimento nos hospitais públicos. É revoltante o descaso e a indiferença com que o assunto saúde, vital para o ser humano, é tratado muitas vezes.
Para quem não sabe, a medicina em toda a sua história (de mais de 2500 anos, na tradição ocidental), sempre foi um misto de três elementos principais: charlatanismo, benevolência e comércio. Antes do século XX, o charlatanismo (a arte de fazer parecer que uma ação resultaria em um efeito prático desejável) predominava em praticamente tudo que qualquer médico viesse a fazer. Esse charlatanismo, entretanto, somente existia e fazia sentido devido à benevolência que o acompanhava: uma vontade (sincera) que o médico tinha de ajudar alguém que estivesse sofrendo ou alguém que estivesse caminhando para a morte.
Com o charlatanismo, os médicos conquistaram, até meados do século XIX, algum prestígio social, o prestígio que recebe aquele que alivia o sofrimento e cuida dos moribundos e fracos. Conseguiram também a recompensa por esse prestígio, que não tardou a ser em forma de presentes (aquela galinha caipira ou o maior porco do chiqueiro) ou dinheiro (além de poder político, cargos públicos e coisas do tipo) muito presente em cidades interioranas como a nossa .
Logo, invertendo-se essa equação, ser médico, praticar charlatanismo, parecer ser bom e demonstrar ter vontade de ajudar tornou-se uma boa maneira de ganhar dinheiro e prestígio, principalmente quando, nos últimos séculos (sobretudo no século XX), o dinheiro tornou-se a busca maior de quase todo ser humano.
Desde o começo da medicina, por outro lado, o charlatanismo fora muito bem disfarçado, praticamente tornado invisível para os não-médicos, e mesmo para os médicos. Fazer sangrias nas pessoas, fazê-las vomitar, impossibilitá-las de dormir por vários dias (ou o contrário, fazê-las dormir em excesso) ou simplesmente nelas bater ou lhes mandar fazer alguns atos sem sentido (comer certos alimentos, não comer outros, beber determinada água ou chás, fazer compressas, tomar certos banhos, etc. tudo isso que já foi ato médico consagrado não eram, em suas épocas, ações médicas vistas pelos próprios médicos que as aplicavam e pelos pacientes que as recebiam como fraudes escandalosas (como depois passou a ser). Ao contrário, todos acreditavam que estas ações eram verdadeiramente terapêuticas, dando resultados concretos, ou seja, que doenças realmente estavam sendo tratadas por estes atos.
A medicina atual trata todos os pacientes como se todos fossem iguais. Parece não haver o reconhecimento de que cada paciente é um universo distinto do outro que acabou de sair da consulta.
Este texto tem o objetivo de levar o leitor a expandir sua consciência quanto ao assunto, jamais o de sugerir não consultar um médico quando estiver doente. A automedicação pode fazer tanto ou mais mal do que consultar um mau médico.
Usem seu discernimento e senso crítico, se não ficarem satisfeitos com o atendimento ou prescrição de um médico, procurem outros, esta aí a medicina alternativa com os remédios naturais. Exerçam seu direito de liberdade, garantido inclusive pela nossa Constituição, não aceite tudo de forma cordeirista, lute por seus direitos!!!
Este blog foi criado para você, leitor. E só saberei se você está satisfeito se comentar os posts, ou então, pergunte, questione e sugira temas ou modificações.
Hoje vou falar sobre a Medicina, pois a enquete do blog apontou pela falta de um hospiutal de verdade, que resolva definitivamente os problemas de nosso povo!!!
Há muitos anos que só vamos consultar um médico quando estamos “nas últimas!” ou quando realmente não consiguimos diagnosticar o que temos, a popular, automedicação...
Desde que comecei a obsevar muitas das idas e vindas ao médico, bem como o relato de outras pessoas, comecei a aflorar meu senso crítico sobre o tema , e concluí que boa parte dos médicos além de atenderem o paciente impessoalmente, sem nenhuma empatia, ainda enrolam pra caramba.
Não dão tempo ao paciente para explicar tudo pelo que está passando, alguns não os olham nos olhos, solicitam carradas de exames e nos atendimentos pelo SUS ou por convênio não fazem mais o histórico clínico do paciente.
Volta e meia a mídia nos informa dos “erros” médicos ou do péssimo atendimento nos hospitais públicos. É revoltante o descaso e a indiferença com que o assunto saúde, vital para o ser humano, é tratado muitas vezes.
Para quem não sabe, a medicina em toda a sua história (de mais de 2500 anos, na tradição ocidental), sempre foi um misto de três elementos principais: charlatanismo, benevolência e comércio. Antes do século XX, o charlatanismo (a arte de fazer parecer que uma ação resultaria em um efeito prático desejável) predominava em praticamente tudo que qualquer médico viesse a fazer. Esse charlatanismo, entretanto, somente existia e fazia sentido devido à benevolência que o acompanhava: uma vontade (sincera) que o médico tinha de ajudar alguém que estivesse sofrendo ou alguém que estivesse caminhando para a morte.
Com o charlatanismo, os médicos conquistaram, até meados do século XIX, algum prestígio social, o prestígio que recebe aquele que alivia o sofrimento e cuida dos moribundos e fracos. Conseguiram também a recompensa por esse prestígio, que não tardou a ser em forma de presentes (aquela galinha caipira ou o maior porco do chiqueiro) ou dinheiro (além de poder político, cargos públicos e coisas do tipo) muito presente em cidades interioranas como a nossa .
Logo, invertendo-se essa equação, ser médico, praticar charlatanismo, parecer ser bom e demonstrar ter vontade de ajudar tornou-se uma boa maneira de ganhar dinheiro e prestígio, principalmente quando, nos últimos séculos (sobretudo no século XX), o dinheiro tornou-se a busca maior de quase todo ser humano.
Desde o começo da medicina, por outro lado, o charlatanismo fora muito bem disfarçado, praticamente tornado invisível para os não-médicos, e mesmo para os médicos. Fazer sangrias nas pessoas, fazê-las vomitar, impossibilitá-las de dormir por vários dias (ou o contrário, fazê-las dormir em excesso) ou simplesmente nelas bater ou lhes mandar fazer alguns atos sem sentido (comer certos alimentos, não comer outros, beber determinada água ou chás, fazer compressas, tomar certos banhos, etc. tudo isso que já foi ato médico consagrado não eram, em suas épocas, ações médicas vistas pelos próprios médicos que as aplicavam e pelos pacientes que as recebiam como fraudes escandalosas (como depois passou a ser). Ao contrário, todos acreditavam que estas ações eram verdadeiramente terapêuticas, dando resultados concretos, ou seja, que doenças realmente estavam sendo tratadas por estes atos.
A medicina atual trata todos os pacientes como se todos fossem iguais. Parece não haver o reconhecimento de que cada paciente é um universo distinto do outro que acabou de sair da consulta.
Este texto tem o objetivo de levar o leitor a expandir sua consciência quanto ao assunto, jamais o de sugerir não consultar um médico quando estiver doente. A automedicação pode fazer tanto ou mais mal do que consultar um mau médico.
Usem seu discernimento e senso crítico, se não ficarem satisfeitos com o atendimento ou prescrição de um médico, procurem outros, esta aí a medicina alternativa com os remédios naturais. Exerçam seu direito de liberdade, garantido inclusive pela nossa Constituição, não aceite tudo de forma cordeirista, lute por seus direitos!!!
Este blog foi criado para você, leitor. E só saberei se você está satisfeito se comentar os posts, ou então, pergunte, questione e sugira temas ou modificações.
Um comentário:
O trabalho do médico é artesanal.E como tal,deveria ser feito com parcimônia e todo cuidado. E como todo trabalho artesanal, deve ser remunerado de forma justa. Quando uma consulta do SUS custa 2 reais e uma particular 20 reais, tudo porque os gestores tratam os pacientes como objetos, temos esse resultado descrito em teu texto. Sou médico e ,por não compactuar com isso que vc descreveu, não atendo em SUS nem em plano de saúde!!
Ezequiel
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