DROGAS, TÔ FORA!!!

Saudade dos tempos em que, brincar com pedras, era simplesmente sentar em uma calçada, junto a grupos de crianças reunidas em círculos e jogar pedrinhas ao ar em uma divertida brincadeira. Hoje, percorrendo as ruas meus olhos buscam sem êxito essas concentrações de pessoas ingênuas que com sorrisos passavam horas distraídas, desenvolvendo atividades e aprendendo a ser feliz. É fato, nossa realidade é outra, pedras antes jogadas ao ar, foram substituídas por pequeninos grãos formados pela mistura de cocaína em pó, bicarbonato de sódio e água destilada, o famigerado crack, e ao invés de serem arremessadas, são inaladas em uma brincadeira que não dura mais de 15 minutos, conduzindo nossas crianças e jovens a trilharem o caminho em uma estrada escura e sem volta. Euforia momentânea que contagia, provocando um desejo incontrolável e a ânsia de consumir mais a cada dia, o efeito de excitação e a sensação de bem-estar proveniente do uso dessa droga, causam dependência física e seus sintomas caem no sistema nervoso causando lesões cerebrais irreversíveis. As manchetes diárias na imprensa enfatizam seu poder de destruição, vemos que jovens, que independente de classe social, ingressam no mundo do crime cometendo delitos como roubos, assaltos e até mesmo assassinatos no intuito de obter a quantia em dinheiro necessária para adquirir a droga e saciar seu desejo de consumir a cada dia uma maior quantidade, devido compulsão provocada pelo simples início do uso dessa mistura. É preocupante, hoje olhamos nossos filhos e nos interrogamos: Como deveremos agir para livrá-los desse mal que afeta cruelmente nossa sociedade, que destrói famílias, que causa desespero e dor aqueles que são vitimas dessas maléficas pedrinhas? Precisamos ser amigos de nossos filhos, e porque não dizer, de todos que dependem de nós de alguma forma. Ensinar a eles que a droga não é nada além do que seu significado em nossos dicionários, coisa de pouco valor ou desagradável. Precisamos estar sempre dispostos a ouvi-los, mesmo que em nosso cotidiano o tempo seja escasso devemos reservar uma parte dele para dedicarmos atenção àqueles que tanto amamos. Instruí-los e não negar informações é imprescindível nesse processo, observar seu comportamento, acompanhar de perto suas amizades e sempre manter um relacionamento aberto, interagindo e deixando-os à vontade ao tempo em que, observamos atentamente cada gesto e alteração em seu comportamento podem ser atitudes fundamentais para quem deseja guiar uma criança ou até mesmo um adolescente por um caminho em busca do sucesso pois são eles, sem dúvidas, o futuro da nação.

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