Quando olhei a data para este meu artigo, reparei que publicaria na semana do Natal. Meu quase inexistente lado rebelde dizia para não tratar do tema, afinal já o fiz por diversas vezes. Meu
imenso lado cristão, familiar, no entanto, me rendeu ao que eu considero uma das mais belas datas do ano, para não dizer da própria humanidade. O Natal vai chegar logo mais a noite e, com ele, ressurge essa capacidade inerente aos seres humanos de refletirmos sobre nós mesmos e sobre a vida como um todo. Temos a oportunidade de fazermos um balanço de ganhos e perdas e do formato das nossas ações durante todo um ano de vivências familiares, profissionais e espirituais. Se a vida é uma grande espiral rumo ao infinito, um ano vivido pode ser interpretado como um ciclo menor, que serve de guia para avaliarmos e repensarmos esse outro maior, cheio de mistérios e possibilidades. Natal é tempo de despertar, é tempo de quebrarmos o casulo que insiste em se formar em torno de nós, como armadura de defesa, e repensarmos valores e práticas, ponderando sobre a vida e tudo que a cerca. Quantas vezes negamos compreensão e auxílio por nos avaliarmos bons demais para baixarmos a cabeça diante da necessidade do outro. Muitas vezes, basta que estendamos a mão, ou mesmo oferecermos um ombro para que o outro encontre apoio. Às vezes, precisamos apenas não ser indiferente, para que esse alguém se sinta um pouco melhor e menos agredido pelo mundo. Mas afinal, a chegada do final do ano traz uma aura de renovação. Chega às nossas mentes e aos nossos corações um desejo de mudar, o que não tem dado certo, e de executar velhos projetos engavetados. No entanto, de nada adiantará tais desejos, se realmente não nos posicionarmos no sentido da mudança. Vale repetir: “Sempre que você ajuda alguém, é Natal! Sempre que nasce uma criança, é Natal! Sempre que você experimenta dar à sua vida um novo sentido, é Natal! Sempre que você olha os outros com os olhos do coração, é Natal!”.

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