CRACK SE ALASTRA EM PEDREIRAS



O consumo do crack está se tornando um grande problema em Pedreiras. Essa triste realidade, virou paisagem, houve uma banalização do problema e todos apenas lamentam. Obtidos de modo simples, de fabricação caseira e utilização em grupo, dentro de casas com graus variados de abandono e precariedade, o crack é fumado em cachimbos e estralam quando expostos ao fogo, característica que lhes conferiu o nome. Segundo li recentemente, o uso produz uma euforia de grande magnitude e de curta duração, seguida de intensa fissura e desejo de repetir a dose. Logo se percebeu o potencial altamente viciante dessa droga. Diante dessa triste e sofrida realidade, precisamos entender que a droga sempre vai existir, nunca teremos uma finalização total do problema. O que precisamos tomar é consciência de que devemos informar todos os males que as drogas trazem. Um verdadeiro enfrentamento só será eficaz se houver uma responsabilidade compartilhada entre todos os envolvidos no problema; ou seja, todos juntos, unidos pela causa. Não adianta tomar atitudes isoladas, querer tapar o sol com a peneira. A maior política sobre drogas se faz com a sociedade envolvida e todos profissionais, políticos, mães, pais, igreja, comunidades, grupos de mútua ajuda, imprensa, judiciário, todos juntos e misturados dando informações importantes para a resolução do problema. Informar significa alertar e mostrar os caminhos certos. Não podemos fugir de uma realidade tão séria; precisamos nos unir. Não adianta tirar os usuários das ruas e não continuar o tratamento. Essas pessoas precisam também de um rumo na vida. Precisamos de escola em tempo integral, de locais de lazer para os nossos jovens, praças recreativas, emprego e renda. Capacitação é uma esperança melhor de vida. Do contrário, continuaremos sempre lamentando o problema e isso não leva a nada. Acredito que a melhor maneira de diminuir essa epidemia é informar, prevenir, amar no sentido real da palavra, sem preconceitos, e com muita serenidade. Nessa luta não pode existir fogueira de vaidades; precisa existir, sim, a solidariedade humana. 

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