MARANHÃO: TERRA ONDE TRAIR NA POLÍTICA É NORMAL

Busquei na História a resposta para tantas traições na política Maranhense, fato comum e que se sucede a cada eleição ou troca de governo.
O tema não é novo, mas nunca deixou de ser atual. Em 2010, será o mote da eleição no Maranhão. Faz parte do jogo e, infelizmente, é jogado pela maioria. Em política, a traição é um recurso tão aceitável quanto a aliança, que nesse complexo de interesses, onde se exclui a honestidade e o interesse público, a traição é uma questão de tempo. A traição de Judas e calabar, pela força simbólica e circunstâncias, são paradigmáticas do que faz dela o procedimento mais execrável entre todos os procedimentos execráveis. Judas traiu o que há de mais sagrado pelo que há de mais profano: entregou Cristo por 30 dinheiros. A coerção exercida por sua própria consciência por ter praticado ato tão vil levou-o a auto destruição, ao suicídio. Traição,
esta ocorre quando um ou mais membros de um grupo social (primário ou secundário), cujo vínculo de solidariedade que os une é algo representado como pacto, é rompido, virando as costas ao grupo em troca de algo, como algum benefício material ou momentâneo.A política, como em nenhuma outra atividade, no sentido da luta pelo poder, implica tanta disposição a trair. Maquiavel situou a traição dentro da “virtú” política, que pouco tem a ver com a moral e com o ódio. As traições ocorrem dentro de um mesmo grupo político. Não se trata de se passar ao inimigo, mas de trair o amigo, o companheiro, dentro do próprio grupo.
Em regra, os traidores são pessoas medíocres, oportunistas e arranjistas, em busca de vantagens ilícitas. Vamos exemplificar, aqui em nossa pequena cidade a palavra traição passa quase que despercebida, pois a prática desta, esta presente em todos os setores da sociedade e na política se consolida. Os políticos locais, isto mesmo com "p" minúsculo vivem em função do poder e da conjuntura estadual. Ontem todos eram Jackson hoje Roseana, a falta de ideologia e caráter é tanta que o povo acha normal tal comportamento, ao passo de falarem com preocupante frequência o palavriado popular, "quem vai remar contra a maré". Na capital continuando os ditos populares "a trairagem" se completa, através dos deputados vira folha, que são os principais propagadores junto aos munícipios, pois interesses eleitoreiros estão acima do Caráter, Partido enfim acima de tudo. Esta aberta a temporada de traições!!!
Elcimar filho (Professor de História, pós graduado em História das Relações Internacionais do Estado Brasileiro)

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