A reforma política está em discussão. A novidade é que agora também querem proibir a coligação partidária para vereadores e deputados (eleição proporcional), mas mantendo-a para a eleição de prefeito, governador e presidente (eleição majoritária). Um esquema armado para prejudicar as agremiações menores. Se conseguirem seu intento, os partidos pequenos e médios ficam impedidos de se unir para buscar crescer junto ao eleitorado. Constituir ou não alianças faz parte da natureza da atividade política de partidos, entidades e indivíduos. Vedá-las é uma agressão à democracia e a um direito fundamental da ação partidária. Sem a coligação, partidos que têm mesmos objetivos seriam obrigados a disputar entre si. Com a manutenção do quociente eleitoral, o fim da coligação ampliará a quantidade de votos descartados quando do cálculo de eleitos, impedindo o acesso de pequenos – e até médios – partidos ao Parlamento.Explicando melhor, só teremos candidatos com poderío financeiro alto, pois será quase certa sua eleição!!! e mais uma vez os beneficiários seriam os grandes partidos. Um golpe na diversidade partidária, e na luta pela democracia. Ministros do Judiciário, juristas, parlamentares dos mais diversos partidos levantam suas vozes em defesa das coligações. Partidos que foram pequenos no passado hoje têm um grande eleitorado, e até governam o Brasil, graças às coligações. A reforma só se justifica se ampliar a liberdade partidária e o leque de opções ideológicas disponíveis ao eleitor. Caso contrário, não será reforma, mas retrocesso político.
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